Instalação: 12 quadros/caixas em madeira, com vidro, medindo 35cm x 50cm x 6cm cada. Palavras digitalizadas e ampliadas em papel fotográfico. Área total na parede: 170cm (vertical) x 170cm (horizontal).
Ano: 2007
O trabalho recorre a uma repetida sonoridade quase mântrica que, com sua fórmula encantatória, parece ter o poder de materializar a palavra invocada. A lógica da sintaxe e da morfologia não dão conta da construção plástico-sonora das palavras apresentadas. O prefixo IN, de negação, coloca o espectador dentro (IN) de um ambiente de múltiplas possibilidades interpretativas. O sufixo -vel fala da qualidade daquilo que é passível de ser... No caso, NÃO ser.
O espectador se vê refletido no painel de forma fragmentada e, portanto, parte integrante do trabalho. Cada palavra, de leitura vigorosa, reverbera dura e seca.
Não há construção frasal.
Não há começo e fim, ou sequência fixa de leitura, pois o processo se desenvolve em várias direções, abrindo uma quantidade de encadeamentos que se realizam simultaneamente.
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Título: Formas veladas
Quadro medindo 80cm (alt) x 60cm (larg), com texto manuscrito em pilot sobre papel craft, montado em chassi e vidro sem reflexo.
Ano: 2005
Este trabalho apresenta uma integração entre o verbal e o não-verbal, palavra e imagem. Se utiliza da vertente intersemiótica do poema. Sem deixar de lado o verbal, valoriza a visualidade como elemento estrutural do poema pretendendo uma fusão de códigos.
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Ano: 2005
Este trabalho apresenta uma integração entre o verbal e o não-verbal, palavra e imagem. Se utiliza da vertente intersemiótica do poema. Sem deixar de lado o verbal, valoriza a visualidade como elemento estrutural do poema pretendendo uma fusão de códigos.
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Título: TUDOSOBRENADA
Painel medindo 100cm (larg) x 80cm (alt), com texto manipulado digitalmente, ampliado e plotado com impressão a laser sobre lona plástica adesivada sobre PVC.
Ano: 2008
Para Gilles Deleuze, "A essência da literatura não é literária. A essência da literatura é pintura e é música. Uma música de palavras, uma pintura com palavras, um silêncio nas palavras". A proposta deste trabalho vai além do texto escrito. Utilizando-se da visualidade das palavras e se soltando da norma sintática, propõe ao espectador-leitor uma reflexão sobre a própria condição da poesia. A poesia é confrontada com os seus próprios limites, numa outra matéria não lingual, num silêncio das próprias palavras preenchido por visões e audições. "Como se, levada a língua em que se escreve, ao limite das suas possibilidades, ela entrasse numa espécie de transe ou de delírio e as palavras desatassem já não a dizer mas a pintar e cantar"(Deleuze).
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S/ título
Instalação : Painel (total) medindo 80 cm (larg) x 105 cm (alt), composto por nove quadros de 22,5 cm x 31,5 cm, com impressão à laser em chassis com ponteiros em movimento. Na parte de trás de cada quadro, mecanismo de relógio e uma pilha.
Ano: 2003
Neste trabalho apresento nove objetos semelhantes a relógios: no lugar dos números, palavras e, indicando a passagem do tempo, os ponteiros de segundo em movimento. A partir de uma simbólica fragmentação do tempo, procurei construir algo que estimulasse os sentidos do visitante. Os fragmentos de textos lidos e a sensação da passagem do tempo real da leitura constroem um ambiente de reflexão sobre as alternâncias da vida.
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Formar?
Instalação: 8 carteiras de alunos, em madeira, sobre 32 fôrmas de pão em alumínio. Quadro verde em madeira medindo 0,80m x 1,00m. Área total no piso: 5m de comprimento x 3m de largura.
Ano 2007
Este trabalho lança mão de palavras homônimas homógrafas (palavras que se escrevem e se pronunciam da mesma forma, mas cujo sentido é diferente), para provocar a reflexão sugerida pela proposta.
A improvável lógica visual apresentada pelas emblemáticas carteiras de alunos enfileiradas e com os pés dentro de fôrmas de alumínio revolve o imaginário do espectador.
___________________________________Instalação: 8 carteiras de alunos, em madeira, sobre 32 fôrmas de pão em alumínio. Quadro verde em madeira medindo 0,80m x 1,00m. Área total no piso: 5m de comprimento x 3m de largura.
Ano 2007
Este trabalho lança mão de palavras homônimas homógrafas (palavras que se escrevem e se pronunciam da mesma forma, mas cujo sentido é diferente), para provocar a reflexão sugerida pela proposta.
A improvável lógica visual apresentada pelas emblemáticas carteiras de alunos enfileiradas e com os pés dentro de fôrmas de alumínio revolve o imaginário do espectador.
Título: VERSO DO VERBO - após Mallarmé
Painel de 120 cm x 90 cm, com texto plotado sobre papel gloss adesivado em chassi de duratex.
Ano: 2007
Stéphane Mallarmé, 1842‐1898
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Simbolista
francês
Mallarmé, poeta, místico, ocultista, obcecado pela ideia do absoluto, procurou dar um sentido mais puro às palavras. Fez com que elas, em vez de funcionar em apenas como valores de representação da realidade, instaurassem uma realidade de valor. Utilizou o branco da página como um símbolo do absoluto. Colaborou para romper fronteiras, porque seu texto traz um pensamento crítico legítimo e instigante para todos que se interessam pela abertura de um espaço na literatura: sua ligação com outros campos, das artes plásticas à música, concentrando um imaginário inigualável.
Nesta minha homenagem, lanço o meu texto com letras brancas num painel preto tentando dar sequência à lógica mallarmeana : o fundo preto - a morte, a vida, o nada, o vazio - e as palavras ali lançadas como dados sujeitas aos caprichos estéticos do acaso transitam entre os processos do imaginário e do simbólico. A frase do Gênesis é simbolicamente revisada sugerindo uma profunda reflexão.
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